125 jornais dos EUA processam Google Facebook

A relação entre Google, Facebook e a mídia tem sido tensa por vários anos. O eixo principal do conflito há alegações de editores de que ambas as empresas não pagam à mídia por usar seu conteúdo em suas plataformas.

Recentemente o confronto nesse campo se intensificou. Como resultado, na Austrália, o Facebook bloqueou a possibilidade de postar e exibir conteúdo informativo para usuários de editores externos e, posteriormente, iniciou negociações sobre esse assunto com o governo australiano e a mídia local.

Por meio de liquidação após um período de conflitos, o Google também decidiu irque, por exemplo, na França concordou em pagar aos editores pelo conteúdo, também concluiu um acordo global com a News Corp.

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Processos em massa nos EUA

Agora acontece que Facebook e Google nos Estados Unidos podem enfrentar mais problemas da mídia. Editores 125 jornais em 11 estados dos EUA entraram com ações judiciais contra as duas empresas de tecnologia. A mídia alega que o Google e o Facebook monopolizaram ilegalmente o mercado de publicidade digital e se envolveram em um acordo secreto ilegal para impedir a concorrência.

No total, foram apresentadas 14 reclamações de editores z Texas, Ohio, Pensilvânia, Virgínia Ocidental, Wisconsin, Mississippi, Nova Jersey, Indiana, Missouri, Maryland e Delaware.

As reivindicações atuais são uma continuação ação antitruste de janeiro de 2021 contra Google e Facebook, arquivado pela HD Media, a empresa de imprensa da Virgínia Ocidental que publica o Charleston Gazette-Mail e o Herald-Dispatch.

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Entre as empresas que ajuizaram as ações judiciais atuais é a empresa de mídia AIM Media liderada por Jeremy Halbreichum veterano da indústria de imprensa que anteriormente atuou como presidente do conselho da Sun-Times Media, editora do Chicago Sun-Times.

– De acordo com investigações recentes de agências federais e estaduais, o Google e o Facebook monopolizaram o mercado de publicidade digital e limitaram a monetização de notícias pela mídia local – observou Jeremy Halbreich no comunicado. – Teve um impacto dramático nas receitas das editoras locais. Essas práticas monopolistas devem acabar. É inaceitável que essas duas plataformas lucrem diretamente com as notícias locais enquanto os editores lutam cada vez mais pelo mercado.

Receitas de publicidade das editoras dos EUA de acordo com os autores dos processos caiu de US$ 49 bilhões. em 2006 para US$ 16,5 bilhões em 2017 Por sua vez, nos anos 1990-2016 na imprensa 30 mil desaparecidos empregos e, nos últimos 15 anos, 20%. Os jornais americanos foram fechados.

A mídia por trás dos processos enfatiza que os processos antitruste estão atualmente pendentes contra o Google e o Facebook por várias instituições, incluindo a Comissão Federal de Comércio e o Departamento de Justiça. Os editores esperam que possíveis sanções impostas a gigantes tecnológicos também restaurarão o equilíbrio no mercado de publicidade na imprensa dos EUA.

A reação tardia, o destino dos processos é um segredo

Em entrevista ao Wirtualnemedia.pl, Paweł Nowacki, especialista independente do mercado de mídia, referindo-se às ações judiciais atuais movidas nos EUA destaca que eles testemunham uma certa mudança na conscientização das editoras locais.

– Parece que os editores de imprensa americanos sentiram a escala do domínio das maiores empresas de tecnologia no mercado publicitário e seu impacto na condição de sua mídia um pouco mais tarde do que na Europa (incluindo a Polônia) – diz Paweł Nowacki. – Este atraso pode dever-se, nomeadamente, do modelo de distribuição de imprensa nos Estados Unidos, por sua vez, o simples ajuizamento de ações judiciais contra Google e Facebook foi adiado pelas regulamentações americanas relativas à operação conjunta de editoras locais.

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De acordo com nosso entrevistado, os donos da imprensa nos EUA, especialmente os menores, títulos locais notou quanto da receita de publicidade atualmente flui para o Google ou o Facebooke que também há dinheiro que antes ia para os editores.

– Daí as acusações de que os gigantes tecnológicos estão se aproveitando de sua posição dominante – explica Nowacki. – Por enquanto, é difícil prever qual será o destino das ações judiciais atualmente movidas e o resultado de um possível julgamento. No entanto, percebe-se que o clima em torno das maiores empresas de tecnologia dos EUA tornou-se tenso no período recente. Deve-se lembrar que não apenas os editores, mas também a administração americana e o judiciário local têm sérias reservas em relação ao Google, Facebook ou Amazon. Nessa situação, nos Estados Unidos, pode voltar o conceito anterior, segundo o qual as preocupações tecnológicas devem ser divididas para enfraquecer sua posição dominante e estimular uma maior concorrência no mercado publicitário ou de mídia – prevê o especialista.