As mulheres estão cada vez mais avançando no campo da tecnologia, buscando a igualdade de gênero nesse setor. Mas ainda existe uma grande lacuna na inserção das mulheres nesses espaços. Estima-se que, na América Latina, apenas 30% das pessoas empregadas no setor de tecnologia sejam mulheres, segundo estudo realizado em 2020 pelo Grupo de Especialistas em Igualdade de Gênero na Sociedade Digital (GEIGSD). A redução dessa lacuna não beneficia apenas as mulheres que desejam ingressar e se desenvolver profissionalmente no setor de tecnologia, mas também proporciona grandes vantagens às empresas que contratam talentos femininos.
“Para combater essa desigualdade de oportunidades, é fundamental destacar os benefícios de se ter grupos de trabalho inclusivos e diversificados. Sabemos que há muito talento e potencial feminino que podem ser incorporados ao campo do trabalho tecnológico e gerar uma mudança positiva ”, afirma Maria Gracia Espinoza, chefe de Desenvolvimento de Negócios do Laboratoria Peru. “Ter equipas diversificadas, onde as mulheres podem fazer parte dos processos da empresa, agrega muito valor e melhora o desempenho das organizações”, acrescenta Maria Gracia.
Laboratoria, organização que busca formar e promover a inserção laboral de mais mulheres no setor de tecnologia, trabalha para reverter as desigualdades que as mulheres enfrentam para ter acesso a empregos de qualidade na América Latina, além de buscar ser a melhor fonte de talento tecnológico para este setor em crescimento.
Nesse sentido, Maria Gracia Espinoza do Laboratoria oferece cinco benefícios da inclusão feminina em empresas do setor de tecnologia:
- Mais valor. Empresas com mais mulheres em cargos de gestão têm 28% mais valor econômico e retorno sobre o patrimônio 47% maior do que aquelas sem mulheres nesses cargos.
- Atuação. As empresas que têm pelo menos uma mulher em seu conselho de administração melhoram significativamente seu desempenho em termos de crescimento e ganhos em comparação com conselhos exclusivamente masculinos.
- Tomando uma decisão. Ter mais mulheres também melhora os processos de tomada de decisão. Vários estudos sustentam que os grupos mais equitativos decidem com maior embasamento nos fatos, com menos vieses cognitivos e de forma mais conveniente no longo prazo. Isso porque, nesses grupos, estão integradas experiências, perspectivas e abordagens que facilitam a resolução de problemas complexos.
- Inovação de produtos e serviços. Isso é particularmente relevante no desenvolvimento de software e tecnologia e design de produto digital: equipes de produto diversificadas têm um maior alcance em públicos femininos, minorias étnicas e comunidades LGBTQ +. Em contraste, as empresas com baixa presença de mulheres geram até 10% menos receita com produtos e serviços inovadores.
- Melhores lideranças. Nas empresas com maior equidade de gênero, as pessoas tendem a ter liderança colaborativa, maior comprometimento com os ideais da organização e um melhor exercício de autonomia em suas atividades. As empresas que criam um ambiente de trabalho com condições mais favoráveis têm uma margem de lucro de 17%, ante 13% para as que não as favorecem.
