– Se colocarmos qualquer informação ou dado em mídia social que possa ser percebido como um trabalho dentro do significado da lei de direitos autorais, podemos contar com os chamados permitido o uso pessoal e publicar tal conteúdo a este respeito. Tais obras difundidas podem ser usadas como parte do uso pessoal permitido, desde que não viole o uso normal de tais obras – enfatiza Przemysław Lech, advogado da Antyplagiat24 – Kancelaria Radcy Prawnego Przemysław Lech.
O uso justo dá a possibilidade de usar a obra protegida sem o consentimento do titular, mas sob inúmeras condições. Neste caso, é permitido compartilhar o trabalho anteriormente divulgado, fornecendo a fonte apenas para um grupo restrito de pessoas, por exemplo, família ou um grupo fechado de pessoas nas redes sociais. No entanto, se o conteúdo for carregado na web de maneira não controlada, para o público em geral, não apenas poderá ocorrer violação de direitos autorais.
– O uso de obras não é apenas uma violação de direitos patrimoniais e pessoais, mas também de direitos de imagem ou, no âmbito do direito civil, uma violação de direitos pessoais, o que pode ocorrer ao utilizar as redes sociais – explica Lech.
Como aponta o especialista, na maioria desses casos basta remover o conteúdo da rede social. A situação é diferente, porém, quando a pessoa que coloca a criatividade de outra pessoa obtém dela um benefício material. Então, tal pessoa também pode estar sujeita a sanções criminais e, nos termos do direito civil, em particular, responsabilidade por danos por violação de direitos autorais morais ou patrimoniais.
– Se, no entanto, estamos lidando com uma violação de direitos no âmbito profissional por meio do uso de contas em redes sociais corporativas, muitas vezes também há ações judiciais e casos que terminam em indenizações ou acordos – diz o advogado.
Em caso de violação dos direitos do autor nas mídias sociais, as atividades pré-julgamento são suficientemente eficazes. Como ressalta o especialista, tais situações não acontecem apenas nos portais mais populares.
– São também vários tipos de sites de leilões onde são infringidos direitos autorais, pessoais ou de propriedade, mas também direitos pessoais no âmbito do negócio e, muitas vezes, comentários negativos e falsos – enfatiza Lech.
Se a pessoa lesada não estiver satisfeita com a remoção e as provas forem suficientemente fortes, os casos vão para o tribunal. No entanto, como argumenta o advogado, esses casos são relativamente poucos e dependem da quantidade de reivindicações de propriedade que cobrirão os custos do tribunal e dos serviços jurídicos.
– Se estamos lidando com danos na ordem de vários milhares, esses casos já estão na lista. Em geral, o processo é encerrado na fase conciliatória, mas também passa pelas duas instâncias. Há cada vez mais casos assim também devido às obras que são usadas e seu valor. Este valor é muitas vezes bastante alto, portanto, automaticamente se traduz em uma compensação bastante sólida nesta área – diz Przemysław Lech.