Em comentário publicado nesta quinta-feira no perfil do oposicionista nas redes sociais, Navalny disse que as empresas de internet reconheceram “o direito do ladrão autoritário de subjugar a internet”.
Ele chamou as autoridades de TI de “mentirosos e hipócritas”. Segundo a mídia, continuou Navalny, “o Kremlin forçou a Big Tech a fazer concessões, quase mostrando a eles uma lista de trabalhadores que poderiam ser presos”. Se esses relatos forem verdadeiros, então “o silêncio sobre isso é o maior crime” e “indulgência com um terrorista que faz reféns”, disse Navalny.
Fio.
(1/14) Se algo me surpreendeu nas últimas eleições, não foi como Putin forjou os resultados, mas como obedientemente o todo-poderoso Big Tech se transformou em seus cúmplices.
– Alexey Navalny (@navalny) 23 de setembro de 2021
Ele também destacou que ficou “amargo” com a atitude do empresário russo Pavel Durov, criador do mensageiro Telegram.
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O aplicativo Navalny está desaparecendo
17 de setembro deste ano. Apple e Google retiraram de sua oferta um aplicativo chamado Navalny contendo mensagens do site oposicionista. As empresas fizeram isso a pedido da mídia estatal russa e regulador da internet, o escritório de Roskomnadzor. O ministério alertou que a recusa em remover o aplicativo da App Store e da oferta do Google Play foi considerada uma interferência nas eleições parlamentares na Rússia, que duraram de 17 a 19 de setembro. O aplicativo incluía uma função de “votação inteligente” relacionada à estratégia de votação eleitoral de Navalny.
Mais tarde, a mídia dos EUA informou que o Google removeu o aplicativo depois que as autoridades russas ameaçaram que alguns dos funcionários da empresa enfrentariam processos criminais.
Em 18 de setembro, o comunicador do Telegram restringiu a operação de bots eleitorais e bloqueou o bot “votação inteligente”. Durov justificou esse passo pela necessidade de respeitar o silêncio eleitoral.
No mesmo dia, o YouTube, a pedido de Roskomnadzor, bloqueou gravações de vídeo de associados de Navalny, incluindo vídeo contendo os nomes dos candidatos que foram apoiados por um ativista da oposição como parte da “votação inteligente”.