– Em primeiro lugar, é uma empresa que ganha muito dinheiro desde o início, enquanto o Facebook procura há muito tempo um modelo de negócios para ganhar esse dinheiro. Portanto, os investidores do Alibaba podem se sentir muito mais confortáveis com o fato de seus negócios serem muito mais comprovados e confiáveis do que o Facebook. Claro que a questão de saber se o valor da empresa é de US$ 100 bilhões ou US$ 200 bilhões é sempre muito difícil de estimar – avalia Marcin Majewski, vice-presidente do conselho da Augeo Ventures, empresa de consultoria especializada, entre outros, em na assessoria de transações na emissão de ações em bolsa.
Alibaba é líder no mercado de comércio eletrônico chinês. De acordo com os dados do The Wall Street Journal, quase 80% das pessoas estão concentradas em sua plataforma online. comércio na internet chinesa. Em 2013, o valor de todas as transações foi de US$ 243 bilhões – argumenta a empresa. Sua atratividade de investimento e posição quase monopolista são em grande parte o resultado do controle estatal e da regulamentação da Internet na China.
A estreia do Alibaba na bolsa de valores dos EUA está marcada para 16 de setembro. Analistas estimam que a empresa levantará capital no valor de US$ 20 a 26 bilhões, tornando-se a maior estreia da história. No mercado norte-americano, o recorde até agora pertence à Visa Inc., que em 2008 arrecadou US$ 19,65 bilhões (US$ 22,39 bilhões após ajuste pela inflação), segundo cálculos da Bloomberg. Por sua vez, o IPO recorde na China foi o Banco Agrícola da China, que adquiriu US$ 22,1 bilhões nas bolsas de Xangai e Hong Kong em 2010.
O IPO do Alibaba despertou as emoções mais fortes no mercado desde sua estreia em 2012. O Facebook, que ocupa o 5º lugar no maior IPO dos EUA, com uma oferta no valor de US$ 16,49 bilhões (ajustado pela inflação). No entanto, as perspectivas para o desenvolvimento do magnata chinês do comércio eletrônico são completamente diferentes – acredita Majewski.
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– É muito mais fácil dizer que essa empresa continuará existindo em 10 anos do que no caso do Facebook. Como você sabe, as redes sociais operam em ciclos, na Polônia tivemos Grono, Gadu-Gadu, Nasza Klasa e todas essas empresas estão morrendo. Nos EUA, também tivemos muitas redes sociais que foram esquecidas ou logo serão esquecidas. O mesmo destino também pode acontecer ao Facebook – acredita Majewski.
O mercado aguarda ansiosamente a oferta pública do Alibaba, pois permitirá lucrar com a classe média mais rica e em rápido crescimento da China. O risco para o modelo de negócios parece ser pequeno, mas o mesmo não pode ser dito do ambiente macroeconômico e legal em que o Alibaba opera.
– Sabemos que agora existe uma bolha especulativa no mercado imobiliário na China, o que pode incomodar os consumidores e, portanto, a situação do Alibaba também pode piorar. A empresa também está fortemente associada ao sistema financeiro chinês por meio de seu sistema de pagamentos. Se os reguladores na China entrarem em contato com a empresa que lida com os pagamentos do Alibaba, isso pode causar problemas, diz o vice-presidente da Augeo Ventures.
A lei da RPC proíbe a compra direta de ações de uma empresa chinesa por investidores estrangeiros, portanto, como parte do IPO, serão oferecidas ações do Alibaba Group Holding Ltd, com sede nas Ilhas Cayman, que será um intermediário com direito a lucros das operações na China.
– Claro que a venda das ações do Alibaba também é tratada por grandes instituições financeiras que prepararam toda a estrutura para que seja razoavelmente segura para os investidores. O sistema jurídico americano ou o sistema das Ilhas Cayman, onde a empresa está registrada, são sistemas anglo-saxões que mais inspiram a confiança dos investidores – acredita Majewski.