O avanço tecnológico tem permitido que o uso das redes de comunicação cresça exponencialmente nos últimos anos devido à sua praticidade no compartilhamento de informações, redução de custos e agilização dos processos de negócios. De acordo com o relatório GSMA Mobile Economy 2020, espera-se que até 2025 haverá 1.8 trilhões de conexões 5G e esse investimento no próximo 5 anos é $1.1 trilhões, sendo 80% destinados a esta mesma rede.
No entanto, à medida que a procura de utilização tem crescido, aumenta também o número de desafios que impedem o seu crescimento atual, sendo as operações de rede, a garantia do serviço e a experiência do cliente os focos de evolução das telecomunicações atuais.
Neste cenário, o SAS, empresa líder em análise, organizou um debate virtual denominado “Redes de comunicação, desafios e tendências 2030”, no qual participaram diversos especialistas com o objetivo de partilhar as suas experiências e analisar tendências nesta matéria.
Para Oscar Caramillo, Network AI & Machine Learning Business Specialist da SAS, a virtualização de rede está se tornando muito relevante porque exigirá melhor desempenho em todos os recursos de rede virtualizados, para que a experiência do cliente seja a melhor.
Por sua vez, César Azurdia, subcoordenador do laboratório 5G da Faculdade de Engenharia do Chile, a licitação de novas faixas de espectro e a implantação de uma nova infraestrutura serão desafios a serem considerados nos próximos 2 para 3 anos a nível regional. “As novas redes terão que se tornar massivas, tendo muitos dados para analisar”, ele especificou.
Nesse sentido, Pablo Valencia, vice-gerente de Sistemas Técnicos do grupo GTD, destacou o aumento de dados e expressou sua preocupação com o comportamento do tráfego da rede. Por sua vez, explicou que à medida que aumenta a quantidade de informação, a engenharia de tráfego tradicional deixará de ser aplicada devido à existência de novos padrões que não serão geridos por reacções humanas. “Agora serão necessários modelos preditivos cujo boom aumentará nos próximos três anos”, indicou o executivo.
Desta forma, os especialistas também concordaram que a tecnologia não só enfrenta desafios, mas também inclui novas tendências que as empresas devem considerar se desejam começar a agilizar seus processos e enfrentar os desafios mencionados anteriormente:
- Análise de Big Data: A análise de grandes quantidades de dados com software apropriado permitirá que a empresa descreva os requisitos do cliente. Isso a fim de entregar valor agregado por meio de novos serviços ou produtos que a organização pode oferecer.
- MVP’s: A utilização de produtos mínimos viáveis será extremamente útil na incorporação de processos ou na adoção de novas tecnologias. Isso implicará em uma redução de custo devido ao procedimento iterativo envolvido.
- Aprendizado de máquina: Sua contribuição pode ser direcionada para o NPS ou Net Promoter Score, sendo a percepção do serviço influenciada positivamente pelos clientes da empresa. A avaria de um equipamento ou de parte de um processo pode ser determinada de forma preditiva, permitindo assim que o problema seja resolvido antes que o cliente o perceba, antecipando a pesquisa de satisfação.
Por fim, Caramillo destacou que a inteligência artificial e o Aprendizado de Máquina são fundamentais para alcançar o crescimento esperado, apoiando essa transformação digital e fazendo com que ela avance.
“Uma melhor previsão do tráfego de rede tem um impacto considerável em dois aspectos importantes para as empresas: na experiência do cliente e na redução de custos por implantação na rede ” apontou o executivo.