Facebook e PAP cooperam em campanha educativa para combater informações falsas

Dicas: “Não confie nas manchetes”, “Preste atenção às fotos”, “Verifique a data de publicação”, “Procure as opiniões de outras pessoas” será publicado no site da Agência de Imprensa Polonesa no Facebook no próximo mês . A campanha educativa visa chamar a atenção para o problema das “falsas notícias”, ou seja, informações falsas que são uma ameaça para os usuários das redes sociais.

A ação consiste na publicação de 10 infográficos com dicas que mostrarão aos internautas como ler notícias e avaliar criticamente as informações fornecidas a eles.

De acordo com o chefe da equipe do Facebook para políticas públicas na Polônia e nos Estados Bálticos, Jakub Turowski, o mais importante na luta contra as “notícias falsas” é a educação e uma abordagem crítica dos conteúdos apresentados na Internet.

– Estamos convictos de que o combate eficaz às “notícias falsas” assenta na cooperação de empresas como a nossa, com entidades como a Agência Polaca de Imprensa, com escolas e administração pública. O PAP parece ser um parceiro natural e substantivo na Polónia – disse Turowski durante uma conferência de imprensa.

Por outro lado, o presidente da Agência de Imprensa polonesa, Wojciech Surmacz, acrescentou que a credibilidade da mídia é agora o mais importante. – Eu sei que o tempo é um fator muito importante hoje para a mídia, e principalmente para o PAP, porque nós produzimos notícias. Por outro lado, o tempo também é o maior aliado da informação falsa e o maior inimigo da credibilidade, avaliou.

Surmacz também lembrou o caso da publicação da capa de “Fakt” sobre o filho falecido de Leszek Miller, após o qual ele está exigindo uma indenização material de Ringier Axel Springer Polska. O político também escreveu uma carta ao chefe de Axel Springer, Matthias Döpfner, sobre o assunto. A carta foi publicada pela primeira vez por volta das 10 horas pelo portal wPolityce.pl (Surmacz não forneceu o nome do portal durante a conferência), e por volta das 16 horas o PAP o fez.

– Então estourou uma grande tempestade no Twitter que não fornecemos a fonte, pois este portal foi o primeiro, e estávamos algumas horas depois. Nossas informações diferiam das informações fornecidas neste site, pois tivemos a confirmação de Leszek Miller de que ele realmente as escreveu. Esta era uma informação real neste caso. Tínhamos essa carta da pessoa que a escreveu, então sabíamos que era real. Mesmo assim, levamos várias horas para chegar a Leszek Miller. A questão do que é a notícia: é a informação publicada pela manhã ou a nossa – confirmada, autêntica e credível – enfatizou Wojciech Surmacz.

Como exemplo de combate às falsificações, ele também mencionou a situação que ocorreu há alguns meses na Agência de Imprensa polonesa. O jornalista escreveu uma mensagem baseada no perfil falso do primeiro-ministro Mateusz Morawiecki no Twitter (era uma entrada em que ia dizer que apoia a Grande Orquestra de Caridade de Natal), apesar de os funcionários da agência terem de ser avisados com antecedência sobre a existência de uma conta falsa.

– Aqui, a reação do proprietário, operador de conta, perfil é muito importante. Infelizmente, o Twitter não respondeu aos pedidos do gabinete do primeiro-ministro e do PAP por um longo tempo. Essa conta acabou sendo cancelada, mas provavelmente depois de alguns meses. Essa é uma grande responsabilidade das empresas que possuem um determinado meio de salto – disse.

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O método para combater falsificações é a verificação de fatos

Jakub Turowski, do Facebook, afirmou que a plataforma tenta abordar o tema das notícias falsas de forma “abrangente” – retirando conteúdos relatados pelos usuários e contrários aos padrões da comunidade.

– Nossa política de “verdadeira identidade” está em jogo: todos os perfis do Facebook devem ser executados por pessoas “reais”. Assim que o perfil falso é descoberto – ele é removido e assim – a página também é removida – explicou.

Ele também acrescentou que o Facebook atualmente coloca maior ênfase na eliminação de perfis falsos e na limitação do alcance de informações falsas por meio das ações dos verificadores de fatos empregados pela plataforma. Sua tarefa é limitar o alcance de páginas que são baseadas no mecanismo de clickbyte – elas são criadas para enganar, despertar interesse e, assim, aumentar as taxas de cliques, o que, por sua vez, traz lucro.

– O combate às notícias falsas – parece-nos – deverá também assentar numa maior transparência da nossa plataforma na publicidade. Em junho deste ano, introduzimos a ferramenta “ver todos os anúncios”, que permite descobrir que tipo de anúncio está sendo veiculado, em qual página – Jakub Turowski continuou.

Ele acrescentou que o Facebook também realiza checagem de fatos em alguns países. – A ação é baseada no fato de entrarmos em cooperação com um parceiro local que verifica se as informações fornecidas são verdadeiras ou não. Não cabe ao Facebook decidir o que é verdade e o que não é. Para isso precisamos de parceiros locais – disse Jakub Turowski.

Na Polônia, no entanto, nenhuma instituição deve ter um certificado para cooperar com a plataforma na verificação de fatos. Os primeiros passos nesta área devem aparecer nos próximos meses.

“A luta contra as notícias falsas é uma corrida armamentista”

Durante a conferência, Turowski também se referiu às palavras do fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, que disse uma vez que a luta contra as “notícias falsas” é “como uma corrida armamentista”.

– Sempre vamos lidar com pessoas que vão querer usar a plataforma de forma inadequada e sempre vamos lutar contra isso. Por isso as campanhas educativas são cruciais – enfatizou.

O objetivo da ação é atingir o maior grupo possível de usuários do Facebook na Polônia. Isso deve ser possível através da página do PAP neste site. Uma campanha semelhante foi organizada na Bulgária, onde – conforme relatado – foi possível alcançar 80% de dicas sobre como usar as mídias sociais. Usuários do Facebook.