A questão do uso da plataforma Live do Facebook por criminosos e terroristas cresceu em alta após o assassinato de um policial francês e seu parceiro na segunda-feira passada. O autor do assassinato de Larossi Abballa, após o crime cometido, postou uma transmissão de 12 minutos na plataforma Live com sua participação, na qual instou os telespectadores a seguirem seus passos e começarem a matar mais policiais, além de jornalistas e advogados na França.
A polêmica transmissão ao vivo foi rapidamente removida pelo Facebook, mas terroristas do estado islâmico conseguiram copiar a mensagem que mais tarde foi transmitida em plataformas lideradas por islamistas.
Em entrevista à Reuters, um porta-voz do Facebook admitiu que as questões de conteúdo postado no Live estão se tornando cada vez mais prementes com a crescente popularidade da plataforma.
– Entendemos bem os desafios específicos colocados pela plataforma Live e transmissões ao vivo. Estamos fortemente empenhados em desenvolver um sistema de resposta rápida no caso de o conteúdo do Live não atender aos padrões relevantes, enfatizou o representante do Facebook.
Recentemente Facebook junto com vários outros gigantes da internet (Twitter, YouTube, Microsoft) se comprometeu a remover conteúdo agressivo em 24 horas.
No entanto, no caso de algumas inscrições ou transmissões ao vivo, o prazo de um dia para a retirada do material pode ser muito longo. Isso é por que Facebook revelou que está atualmente testando um sistema que permite o reconhecimento e a remoção de conteúdo (incluindo transmissões ao vivo) antes de serem denunciados. Graças a isso, como o site enfatiza, será possível excluir materiais inadequados mesmo em poucos minutos.
Facebook disponibilizou a plataforma Live Video para todos os usuários em janeiro deste ano. Anteriormente, apenas celebridades e parceiros de serviço selecionados podiam usá-lo.
