Em um discurso de despedida para honrar os funcionários, o fundador da Huawei, Ren Zhengfei, instou-os a trabalhar duro e fazer tudo ao seu alcance para superar a empresa-mãe que os supervisiona há sete anos.
A honra não competia com a Huawei, apenas a complementava
A marca Honor foi criada em 2013, ou seja, há sete anos. Em suposições, seus produtos eram para complementar a oferta da Huawei, não para competir com eles, porque eles foram direcionados a um grupo completamente diferente de clientes (principalmente usuários mais jovens e os chamados millennials).
No entanto, já presenciamos uma situação muitas vezes em que um smartphone com a mesma especificação foi vendido por ambas as marcas (os exemplos mais recentes são Honor X10 Lite e Huawei P Smart 2021). Agora, porém, os dois passam a disputar o cliente, como estranhos contra estranhos, sem sentimentos, porque afinal está em jogo a sobrevivência no mercado.
Huawei P Smart 2021 (foto: Katarzyna Pura / Tabletowo.pl)
A honra passa para outras mãos, mas a Huawei ainda está torcendo por ele
Interessantemente, A Huawei não tem medo dessa competição, pelo contrário – ela até a incentiva. De acordo com a Reuters, Ren Zhengfei, ao se despedir dos funcionários que estavam saindo, apelou para que eles fizessem a Honor entregar mais smartphones ao mercado com seu trabalho árduo do que a empresa que os trouxe à vida há sete anos.
Ren Zhengfei também disse que “onda após onda de duras sanções dos EUA contra a Huawei nos levou a entender que alguns políticos americanos querem nos matar, não apenas nos neutralizar”. Decidiu-se, portanto, vender a marca Honor porque a Huawei “não tem que arrastar gente inocente para a água só porque está sofrendo”.
Ren Zhengfei se referia aos funcionários da marca Honor, bem como aos seus agentes e distribuidores, e há (aparentemente) “milhões” deles. Colocá-lo em outras mãos e se livrar de todos os compartilhamentos deveria apenas ajudar e dar acesso gratuito a todas as tecnologias necessárias para a produção de smartphones e outros dispositivos. Porém, não é certo que isso aconteça – vai demorar um pouco para saber se essa estratégia trará os resultados esperados.
De acordo com a empresa analítica Canalys, até 26% dos smartphones entregues ao mercado no terceiro trimestre de 2020 pela Huawei (um total de 51,7 milhões) foram essas marcas de honra (o que se traduz em ~ 13,4 milhões de peças). Não se sabe, porém, se conseguirá sustentar a produção nesse patamar, pois perderá o apoio da matriz, o que significa que tudo caberá a ela.
fonte: honra
Por enquanto, existem mais perguntas do que respostas – estas últimas devem ser exploradas gradativamente nos próximos meses. Também veremos se esta marca pode superar a Huawei em termos de suprimentos de smartphones. Provavelmente, é muito complicado e nada é óbvio no momento.
Estas mensagens podem interessar a você: