Influenciadores virtuais em vez de reais. “Não faz muita diferença se um influenciador realmente existe”

De acordo com pesquisadores da Universidade Kozminski, os influenciadores fictícios podem influenciar multidões e ser responsáveis ​​por um marketing eficaz. O melhor exemplo disso é Miquela Sousa, conhecida como Lil Miquela – um computador fictício de 19 anos criado em 2016 por uma start-up americana de Los Angeles. Até agora i.a. Ela já apareceu em videoclipes no YouTube, tem sua própria playlist no Spotify, sua própria loja de roupas e trabalha com marcas premium: Gucci, Calvin Klein, Prada, Supreme, Diesel e Pat McGrath.

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Outro exemplo de influenciador virtual é o Blawko, que foi criado pela mesma empresa em 2019. Oficialmente, ela está “em um relacionamento” com outra estrela virtual – Bermuda.

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Shudu, por outro lado, é uma supermodelo digital que foi criada pelo fotógrafo de moda britânico Cameron-James Wilson em 2017. Até agora, a Influencerka colaborou com marcas de moda como Balmain. A casa de moda deu um passo adiante – em 2018 criou um “exército de supermodelos” de personagens virtuais: Margot, Shudu e Zhi.

Na Polônia, a influenciadora Sara Kosmos, que apareceu no Instagram em setembro de 2019, foi criada em tecnologia 3D, mas não ganhou popularidade significativa – no momento ela é assistida por cerca de 1,8 mil. pessoas e suas postagens não são atualizadas há mais de 8 meses.

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“Não faz muita diferença se um influenciador realmente existe”

No total, porém, os avatares têm mais de 3 milhões de seguidores no Instagram. – Você tem que levar em conta que de 10 a 25 por cento. seguidores, dependendo do personagem virtual analisado, são contas suspeitas que podem ser fictícias. O fato, porém, é que as celebridades acima mencionadas são observadas por mais de um milhão de pessoas – comentam a Dra. Jolanta Tkaczyk e Dagmara Plata-Alf, do Departamento de Marketing da Universidade Kozminski, que estudaram avatares na Internet.

– Esses avatares são entidades independentes. Eles foram criados para a promoção de uma marca específica, ou como um projeto independente que finalmente trabalha com muitas marcas. Eles têm personalidade e perfil próprios nas redes sociais, por meio dos quais se comunicam com os seguidores, explica o Dr. Tkaczyk.

Por outro lado, Dagmara Plata-Alf acrescenta que os pesquisadores queriam entender por que os personagens criados artificialmente se tornaram tão influentes nas mídias sociais que “podem influenciar seu público, bem como celebridades reais como Robert e Anna Lewandowski”.

Ambos realizaram um estudo envolvendo 246 jovens, que foram divididos em dois grupos. Ambos os grupos receberam uma foto da supermodelo Shudu para avaliar seu perfil. Alguns foram informados de que ele não era um personagem real, outros não tinham ideia sobre isso.

– Acontece que não faz muita diferença para o destinatário se um influenciador realmente existe. Sua “artificialidade” é de importância secundária. Não observamos diferenças significativas na avaliação do Shudu. Mais de 60 por cento dos entrevistados de ambos os grupos concordaram que ela é atraente, inspira confiança e sabe modelar. Mais importante do que se um personagem é real e sua aparência é o conteúdo interessante que ele comunica em seu perfil – enfatiza o Dr. Tkaczyk.

A fronteira torna-se quase imperceptível

Os especialistas acrescentam que os influenciadores virtuais chamam a atenção porque não têm muita concorrência em sua categoria de avatar. – Deve-se enfatizar, no entanto, que um avatar ou modelo que se pareça com um humano, mas não idêntico, pode causar sentimentos desagradáveis ​​nas pessoas que o observam. Isso é chamado efeito vale estranho. Quanto mais próximo de um ser humano, mais desconforto pode causar a ele – explicam.

Eles também enfatizam que os consumidores que não sabem que estão lidando com um avatar – em vez de uma pessoa real – podem se sentir desapontados e enganados. – A linha entre a distinção entre um usuário real ou um influenciador virtual por trás de um determinado perfil e sua atividade torna-se quase imperceptível. Online, o jogo é sobre a confiança do cliente, então indicar claramente com quem você está lidando é uma tarefa fundamental para o crescente mercado de e-commerce – enfatiza a Dra. Jolanta Tkaczyk.