O Parlamento Europeu rejeita o imposto de ligação e defende a liberdade do panorama

O Parlamento Europeu rejeita o imposto de ligação e defende a liberdade do panorama 1

A questão das taxas de vinculação nos motores de busca, bem como a chamada liberdade de panorama, há muito suscitam controvérsias na Internet europeia.

O “imposto de vinculação” é um conceito que introduz taxas de operadores de mecanismos de pesquisa que vinculam conteúdo protegido por direitos autorais (incluindo artigos de imprensa) em seus resultados. Neste contexto, uma disputa entre o grupo Google e os editores de imprensa alemães já se arrasta há muito tempo (mais sobre este tema), enquanto na Espanha a guerra pelas taxas de vinculação terminou com o fechamento da versão local do Google News.

Na votação de ontem, o Parlamento Europeu rejeitou por maioria a alteração que permite a introdução de um “imposto de ligação”. No entanto, ele obrigou a Comissão Européia a elaborar uma reforma de direitos autorais que se adaptasse melhor às condições da Internet do que é hoje.

A aprovação dos eurodeputados também não foi concedida à harmonização da UE da lei sobre fotografar e colocar na Internet fotos de edifícios públicos, incluindo monumentos arquitectónicos ou obras de arte. Há vários dias, a Internet tem alarmado que a introdução de regulamentos semelhantes limitará drasticamente a possibilidade de publicar, por exemplo, fotos de férias na Internet, nas quais pessoas específicas aparecem no contexto de monumentos famosos. Os criadores da Wikipédia também protestaram, argumentando que restringir a chamada liberdade do panorama resultaria na necessidade de remover milhares de fotos da Wikipédia.

No entanto, o Parlamento decidiu que nenhum regulamento da UE seria introduzido no que diz respeito à liberdade do panorama, deixando as decisões a este respeito para os estados individuais da comunidade. Na maioria dos países, monumentos e obras de arte em espaços públicos podem ser fotografados sem restrições.