O Google revelou seu próximo projeto ambicioso, que emergiu das entranhas dos laboratórios do Google X. É chamado de Projeto Loon e, de acordo com rumores tornados públicos no mês passado, lançará um grande número de balões gigantes para criar cobertura na Internet ao máximo regiões remotas e subdesenvolvidas da Terra.
Segundo o gigante das buscas, grande parte da população mundial não tem acesso à internet, o que só aumenta a defasagem dessas regiões em relação aos países desenvolvidos. O acesso à Internet pode melhorar a educação, a medicina, o clima de negócios e assim por diante.
O Google acredita que os balões são uma ótima maneira de resolver esse problema – eles são baratos o suficiente para implantar e podem fornecer acesso à Internet em regiões onde a cobertura sem fio seria difícil, mesmo de uma perspectiva puramente geográfica.
Tal como acontece com os carros autônomos, o Projeto Loon é atualmente um projeto experimental que ainda está em seus estágios iniciais de desenvolvimento. Os balões, é claro, estão constantemente sendo deslocados pelo vento, mas o Google usa algoritmos complexos e recursos computacionais consideráveis para mover os balões, se necessário, usando correntes de ar e energia solar.
No entanto, o Google afirma já ter criado um sistema que permite que balões sejam mantidos a uma altitude de 20 quilômetros por muito tempo, ao mesmo tempo em que fornece velocidades de Internet no nível das comunicações celulares 3G modernas ou até superiores. Já agora, pode verificar a velocidade da Internet gratuitamente.
Em teoria, esse sistema deveria permitir a criação de toda uma rede mundial de balões sem fio, em constante movimento e reconfiguração (algo como uma massa de satélites baratos voando em altitudes estratosféricas).
Os balões se comunicam entre si, com estações fixas de base no solo e com os clientes, usando equipamentos especializados e antenas desenvolvidas pelo Google para o Projeto Loon. Em outras palavras, as redes sem fio de balão não serão compatíveis com as redes de celular ou Wi-Fi tradicionais. No solo, o sinal pode ser recebido por provedores locais de Internet para transmitir dados aos usuários por meios mais familiares.
A Resource Wired relata que o projeto não é novo e o trabalho nele começou há cerca de dois anos. Cada balão começa com um “envelope” que inclui a própria concha de polietileno e uma “carga útil” de 10 quilos, que consiste em eletrônicos, antenas, painéis solares e outros componentes necessários para o funcionamento.
É curioso que o programa piloto já tenha começado os testes na Nova Zelândia por cinquenta testadores – o Google lançou cerca de 30 balões no ar só na semana passada. A empresa espera que o experimento seja ampliado com o tempo.