A plataforma pertencente ao Google está tentando combater informações falsas (fake news) que recentemente inundaram o site em massa. Acontece que os mecanismos introduzidos pelo Youtube são eficazes e também afetam o conteúdo exibido nas mídias sociais competitivas. Pesquisadores do New York University Center for Social Media and Policy publicaram um relatório no New York Times que mostra que o bloqueio de determinado conteúdo em uma plataforma afeta todo um segmento desse mercado.
Mudanças na política do YouTube
A política de conteúdo do YouTube ficou mais rígida após 3 de novembro, quando foi realizada a eleição presidencial dos EUA. Foi então que a quantidade de conteúdo de desinformação compartilhado na plataforma e depois enviado via Twitter aumentou significativamente. Descobriu-se que até um terço do conteúdo de vídeo relacionado às eleições deste mês foi classificado como informação falsa.
A situação começou a mudar em 8 de dezembro, quando o Youtube anunciou oficialmente uma mudança na política de notícias falsas e, assim, a remoção de todo conteúdo desinformante sobre as eleições. De acordo com o relatório apresentado pelos cientistas, uma diminuição significativa no compartilhamento desse tipo de conteúdo pôde ser observada logo em seguida. Os pesquisadores observaram que, em 21 de dezembro, a quantidade de conteúdo promovendo a narrativa da conspiração eleitoral por trás da vitória de Joe Biden caiu no Twitter em cerca de 20%. pela primeira vez desde o dia das eleições. Esse indicador voltou a cair em 7 de janeiro deste ano, quando o Youtube anunciou o bloqueio de contas para todos os canais que violam a política de restrição voltada à desinformação eleitoral.
Impacto em outras plataformas sociais
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Os pesquisadores também notaram que as restrições introduzidas pelo YouTube reduziram a disseminação de desinformação sobre informações relacionadas a eleições no Facebook. O nível mais alto desse tipo de conteúdo nesta plataforma social foi registrado logo após os tumultos no Capitólio. No entanto, caiu claramente em 7 de janeiro, dia em que os bloqueios foram introduzidos pelo YouTube.
Para conduzir a pesquisa, os cientistas agregaram 10 por cento da todo o conteúdo compartilhado no Twitter. Destes, todos os links de vídeo com links para o YouTube foram isolados. As postagens do Facebook foram examinadas de maneira semelhante, neste caso os pesquisadores usaram a ferramenta de pesquisa pertencente à empresa de Zuckenberg – CrowdTangle. Os dados resultantes foram então filtrados e organizados, permitindo aos pesquisadores extrair todos os filmes sobre as eleições nos Estados Unidos. Para extrair o conteúdo, os pesquisadores utilizaram relações fraseológicas relacionadas ao tema das eleições. Isso, por sua vez, levou à possibilidade de avaliar a relação entre o conteúdo factual e o falso.
Megan Brown, uma das autoras da pesquisa, comentou o assunto. O pesquisador observou que o impacto das restrições introduzidas pelo Youtube foi claramente perceptível. Em primeiro lugar, as pessoas que divulgam esse tipo de informação não podiam compartilhá-la nas redes sociais porque os links para o conteúdo pararam de funcionar. Brown observou, no entanto, que o interesse nas teorias da conspiração de fraude eleitoral nos EUA também pode ter caído devido à posse de Joe Biden.
O pesquisador também observou que o conteúdo de vídeo do YouTube foi identificado como o mais compartilhado em outras plataformas de mídia social.
É uma grande parte do ecossistema de informações, então, quando o YouTube se torna um lugar mais saudável, impacta positivamente outras mídias sociais – comentou Megan Brown ao New York Times.
Outro endurecimento da política do Google sobre conteúdo falso
Recentemente, mudanças significativas na política de desinformação foram feitas na plataforma do YouTube. O site proibiu a publicação de informações falsas sobre o tema vacinas, o que equivale a bloquear as contas de muitos autores populares. Como se vê, este é apenas o começo das mudanças para combater as notícias falsas. O Google fez mais alterações para impedir a monetização de conteúdo negativo sobre mudanças climáticas.