O site disse em comunicado à imprensa na quarta-feira que tomou a decisão independentemente da posição de Bolsonaro e das visões políticas.
Bolsonaro nega a pandemia do coronavírus
Bolsonaro tem sido criticado por lidar com o combate à disseminação do coronavírus no Brasil, um dos países mais atingidos do mundo. Desde março do ano passado, 19,4 milhões de pessoas foram infectadas pelo coronavírus no país e cerca de 544 mil morreu. Segundo as previsões, nas condições do inverno brasileiro que está apenas começando, o número diário de mortes pode aumentar ainda mais.
Boletim WirtualneMedia.pl em sua caixa de entrada de e-mail
Bolsonaro repetidamente se manifestou cético em relação às vacinas, se opôs à introdução de bloqueios, recomendou especificidades não comprovadas na luta contra o coronavírus e criticou a obrigação de usar máscaras.
“Nossa política não permite conteúdo de que a hidroxicloroquina ou a ivermectina sejam eficazes no tratamento ou prevenção da Covid-19, ou que haja cura para a doença e que as máscaras não sejam eficazes na prevenção da propagação do vírus”, explicou o YouTube.
Segundo a mídia local, 15 vídeos foram removidos do perfil do político de extrema-direita. Em uma delas, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello comparou o coronavírus à AIDS. “Após a pandemia do HIV, o vírus HIV ainda existe. Eles ainda estão infectados, a maioria é tratada e a vida continua”, disse ele no vídeo.
O gabinete do presidente brasileiro, informou a Reuters, ainda não tratou do caso.
No ano passado, tanto o Facebook quanto o Twitter removeram vídeos postados por Bolsonaro por violar os termos de uso dessas mídias sociais após recomendar medidas de proteção contra o vírus contrárias às recomendações de especialistas globais em saúde pública.